Em 30 de junho, foi publicada a Resolução ANP nº 30/2015 que ampliou o prazo para aditivação compulsória de detergentes dispersantes à gasolina para 1º de julho de 2017, devido às dificuldades encontradas pelo mercado.
Na regra anterior, a Resolução 40/2013 determinava que a aditivação da gasolina deveria acontecer em 1º de julho deste ano. Porém, foram detectadas inconsistências técnicas nos testes realizados pela Petrobras para o registro dos aditivos. Sendo assim, foi formado um novo grupo, que reuniu Fiat, Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), Instituto do Mauá de Tecnologia (IMT), Centro de Inovação e Tecnologia (Cetec), do SENAI/FIEMG, com o acompanhamento da ANP, para identificar as causas das divergências na metodologia.
A primeira etapa dos estudos, finalizada em dezembro do ano passado, envolveu três laboratórios e um motor de veículo. Os testes da segunda fase (em andamento) inserem dois tipos de gasolina, uma com baixa formação de depósitos e outra com alta; e três motores distintos.
Os resultados destes estudos visam comprovar a metodologia utilizada e os benefícios dos detergentes dispersantes, conforme determina a Norma ABNT 16038, para efetuar, com segurança, o registro dos componentes junto à Agência.
Durante a audiência pública, realizada junto aos agentes para discutir a questão, Rosângela Moreira, presidente da audiência pública e superintendente de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos da ANP, enfatizou que a gasolina atualmente comercializada no Brasil chegou a um patamar de qualidade equivalente ao comercializado em mercados internacionais, mas, mesmo assim, a aditivação é um procedimento necessário. "Entendemos que a aditivação é relevante para termos um produto cada vez mais adequado às novas tecnologias que estão sendo ofertadas no mercado. Discussões sequenciais devem acontecer em etapas seguintes, conforme inserção de novos motores no mercado", disse.
Durante a audiência, a Petrobras solicitou à ANP que fosse alterado de três para seis meses o prazo para informar os resultados dos teste referentes à gasolina, levando em consideração a complexidade do processo. A Petrobras também sugeriu dispensa da aplicação dos testes na gasolina importada, uma vez que sua participação é pequena no mercado nacional e a tendência do plano de produção da empresa é reduzir cada vez mais a importação.
Fonte: Fecombustíveis